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Setembro Amarelo: falar sobre suicídio com responsabilidade é prevenir e salvar vidas. 💛
Uma parceria com
Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. Você sabia que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo? E que no Brasil, a cada 45 minutos, uma vida é perdida dessa forma? Precisamos falar sobre isso.
A Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina são os responsáveis por trazer ao Brasil a Campanha Setembro Amarelo, que tem como foco informar à população de que o suicídio pode ser evitado e como podemos fazer isso. Só seremos capazes de desmistificar uma série de concepções e preconceitos sobre essa temática através da educação e do diálogo. É preciso, de forma consciente e com responsabilidade, quebrar esse tabu e combater a banalização de assuntos relacionados à saúde mental.
O suicídio é uma questão multidimensional, influenciada por fatores psíquicos, físicos, sociais, culturais, econômicos, situacionais e biológicos. Não está relacionado à coragem ou fraqueza, mas sim ao sofrimento.
O que dizem os dados?
Com base em dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), só no Brasil acontecem 14 mil suicídios por ano. No mundo, 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. Ainda segundo a OMS, “em 2019, o suicídio foi considerado a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.” No ranking mundial, o Brasil ocupa a 8° posição em números absolutos e, infelizmente, as taxas não param de subir. “Não podemos - e não devemos - ignorar o suicídio”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde. Segundo a OPAS (2021), “a pandemia de COVID-19 acentuou a exposição das pessoas a fatores de risco para o suicídio, especialmente perda de emprego, aumento de estresse financeiro e isolamento social."
O que podemos fazer coletivamente?
É de nossa responsabilidade, enquanto sociedade, promover ações para a prevenção do suicídio. O Instituto Vita Alere destaca como medidas de precaução campanhas educativas; ações em escolas, locais de trabalho, nas famílias; a promoção de um ambiente mais livre de violência e com oferta de amplos serviços de saúde mental.
Não tenha preconceito e nem medo de discutir o tema. Esse é um trabalho de todos nós, população. Precisamos falar sobre suicídio e saúde mental de Janeiro a Janeiro. Pesquise, se informe! O preconceito e a desinformação causam prejuízos ao combate às taxas de suicídio e ao acesso aos serviços de saúde mental e isso dificulta a busca por ajuda. A partir do diálogo seremos capazes de construir uma cultura de que o suicídio é um assunto extremamente relevante, assim como sua prevenção.
Para além de dados e formas seguras de falar sobre o tema, é essencial trazer à tona orientações internacionais que possam guiar ações locais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), lançou o guia Viver a Vida: Guia de Implementação para a Prevenção do Suicídio nos Países, onde destacam quatro intervenções prioritárias:
Essas ações devem ser sustentadas por seis pilares: análise da situação, colaboração multissetorial, conscientização, capacitação, financiamento e monitoramento.
A prevenção como compromisso coletivo
A cartilha reforça que o suicídio pode ser prevenido. Isso exige ações que ultrapassem o campo da saúde mental individual, alcançando o coletivo. Reduzir o estigma, treinar profissionais, construir redes de apoio, fiscalizar a venda de substâncias letais e garantir o acesso a serviços de qualidade são medidas que salvam vidas.
“Uma abordagem que envolva todo o governo ou toda a sociedade funciona em todos os setores ou departamentos governamentais e inclui grupos não governamentais e comunitários. Sob a liderança do governo, esta abordagem facilita o intercâmbio de conhecimentos, metodologias e lições aprendidas, e o compartilhamento de dados e pesquisas relacionados ao suicídio. Também promove a transparência e a responsabilização.” (Viver a vida: guia de implementação para a prevenção do suicídio nos países)
Quando pessoas em cargos de gestão, empresas, escolas e comunidades se engajam nesses pilares, contribuem para criar ambientes de acolhimento e segurança. Falar sobre suicídio com responsabilidade, apoiar quem sofre e investir em prevenção não é apenas uma política de saúde, é um ato de cuidado humano.
Tenhamos atenção!
Perceba ao seu redor se alguém está precisando de ajuda, observe alguns sinais como mudança de hábitos, perda de interesses em atividades que antes eram prazerosas, isolamento, frases como: “estou cansado/cansada de viver”, “não aguento mais”, por exemplo. Muitas vezes, o que a pessoa deseja não é interromper a vida, mas sim com o sofrimento intenso que está vivendo. Por isso devemos incentivar as pessoas a buscarem ajuda e a falarem sobre suas questões.
Sejamos rede de apoio!
Ter uma escuta ativa e respeitosa, despida de qualquer preconceito, ou seja, ser um apoio, pode fazer a diferença. E o mais importante. Incentive o tratamento adequado, com profissionais aptos a lidar com a saúde mental. Tenha empatia. Não devemos medir a dor da outra pessoa pelas nossas experiências.
Tenha responsabilidade ao falar sobre o assunto. A forma como fazemos essa comunicação também é muito importante para a prevenção do suicídio. Incentivar o cuidado com as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições é fundamental.
O CVV, Centro de Valorização da Vida, - www.cvv.org.br - reforça que uma escuta ativa, empática e respeitosa pode fazer enorme diferença.
Você não está só
Se você está passando por um momento difícil, saiba: você não está só. O sofrimento não define quem você é. Se você tem ou já teve pensamento suicida, saiba que existem outras maneiras de resolver em vida questões difíceis.
Há meios para lidarmos com o sofrimento. Nada é fixo ou permanente, as situações mudam e você não sentirá essa dor para sempre. Falar sobre isso pode ser difícil, mas buscar ajuda pode ser um primeiro passo importante.
Existem pessoas e serviços prontos para ajudar.
Onde procurar ajuda e informações?
Ligue para o CVV no 188 – atendimento gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, em todo o Brasil.
Acesse www.cvv.org.br para chat online, e-mail ou postos de atendimento.
Em caso de emergência, ligue 192 (SAMU).
Forme uma rede de apoio acolhedora (família, amigos, comunidade)
CAPS – Centros de Apoio Psicossocial do SUS.
Sites
(*também utilizados como fontes de consulta para elaboração deste texto):
Centro de Valorização da Vida - https://www.cvv.org.br/
Organização Mundial da Saúde (OMS) - https://www.who.int/
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) - https://www.paho.org/pt
Guia Viver a Vida: Guia de implementação para a prevenção do suicídio nos países - https://iris.paho.org/handle/10665.2/61445
Instituto Vita Alere - https://vitaalere.com.br/
Campanha Setembro Amarelo - https://www.setembroamarelo.org.br/
ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) - https://www.abp.org.br/
CFP (Conselho Federal de Psicologia) - https://site.cfp.org.br/