"Law is in the air": Compre 1 curso gravado e ganhe outro. Cadastre-se e garanta esse presente!

Marketing na televisão e configurações de privacidade da Apple. De borboleta esse efeito não tem nada.

Entenda a relação entre mudanças na privacidade da Apple e o aumento de anúncios na TV.

Uma parceria com

Em 2021, a Apple, ao lançar o IOS 14.1, instituiu o App Tracking Transparency.

O objetivo era dar aos usuários maior autonomia sobre seus dados. Bem na pegada de Privacy by Design, de modo que a privacidade seja construída junto com as funcionalidades do produto.

Assim, a construção do produto precisa balancear interesses de privacidade, e isso não poderia diminuir o que o produto entrega, a experiência que fornece.

A iniciativa é louvável, de fato. Vamos entender as consequências.

De acordo com a newsletter the bizness, a Apple mordeu 16 bilhões de dólares em 2021 de receitas de anúncios de outras redes sociais.

Isto porque, ao optar por não divulgar alguns dados, os usuários deixam de compartilhar seus dados com as redes.

Os anúncios, por sua vez, ficam menos assertivos, pois os algoritmos não possuem tantos insumos para fazer as segmentações requeridas pelos operadores dos anúncios.

O gráfico abaixo, retirado da newsletter ilustra muito bem este cenário:

The bizness

Por outro lado, a Apple possui sua própria plataforma de anúncios, a Apple Ads Platform.

E não à toa a plataforma cresceu muito. Ela agora é responsável pelo download de 58% dos apps em Iphones, em comparação a 17% em 2020.

Realmente, o pessoal não dorme no ponto. E os efeitos colaterais (não borboleta, uma vez que a correlação é nítida) não param por aí.

Os gastos com mídias tradicionais teve quedas por volta de 1,7% de 2012 a 2022, enquanto isso os gastos com marketing das empresas cresceram por volta de 7% ao ano.

Os experts em marketing preveem um aumento de 11,7% com mídias tradicionais nos próximos anos.

Como bom tubarão, a Apple deu sua cartada. Como profissionais jurídicos nos veem, evidentemente, à mente, a pergunta sobre eventual responsabilidade civil da empresa.

Será que se tratou de uma atitude que fere a livre concorrência? O que o CADE acharia?

Será que foi, de verdade, a vontade de aumentar o controle da privacidade dos usuários, o verdadeiro motivo desta mudança?

Eu já estou preparado para os próximos capítulos.

Aliás, a Future Law te prepara para os próximos capítulos e temporadas:

Lançamos o curso de Social Media Law, onde vamos tratar deste e muitos outros assuntos ;)

Não perca:

Acesse aqui o curso.

Autores

Lucas Gouvea
Head de UX e Growth na Future Law