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Você não precisa saber design gráfico para usar Legal Design

Fortalecendo Projetos de Legal Design: Colaboração e Conhecimento Interdisciplinar

Uma parceria com

Legal design, ou convergência entre design e direito, mudou a cara do mercado e já deixou de ser uma tendência para algo concreto e real. Aqui quero te convidar a explorar o conceito de uma forma mais abrangente e te dar um “conforto” dizendo que: “não! Você não precisa saber Photoshop (ou qualquer ferramenta de design gráfico) para fazer legal design!”. Saber como colaborar com múltiplos perfis de profissionais é a chave para ter sucesso com Legal Design.

As habilidades adquiridas ao longo de uma graduação em Direito e ao longo de sua trajetória profissional, combinadas com as habilidades de designers, cientistas de dados, especialistas em neurociência, publicitários, profissionais de branding e marketing é o que vai propiciar um ambiente ideal para que projetos melhores que tenham real impacto surjam.

Não existe Legal Design sem você, pessoa Advogada.

Ao longo da sua jornada acadêmica e na sua prática profissional você foi capaz de desenvolver um conjunto diversificado de habilidades que são inestimáveis para projetos de Legal Design. Isso inclui sua capacidade de realizar análises jurídicas precisas e abrangentes, interpretar leis e regulamentos de maneira contextualizada e traduzir a linguagem jurídica complexa de um jeito acessível e compreensível. Além disso, sua experiência prática no campo jurídico aprimora a capacidade de lidar com uma variedade de desafios legais e de comunicar de um jeito ideal os conceitos jurídicos complexos para diferentes públicos.

Combinar bem o que se aprende no mundo jurídico com o que é necessário nos projetos

Embora a formação em Direito te entregue uma base sólida, há grandes lacunas entre o que é ensinado nas faculdades e ao que é necessário em um bom projeto de Legal Design. As habilidades analíticas e interpretativas adquiridas na faculdade são altamente relevantes, mas com um foco sobre suas aplicações em contextos legais tradicionais. Além disso, a formação em Direito não costuma abordar aspectos específicos de comunicação visual, experiência do usuário e métodos de pesquisa que são essenciais para o sucesso em projetos de Legal Design.

Mais importante que saber os conceitos do design é saber conceitos de uma linguagem simplificada, conceitos marketing e branding para criar textos com um tom de voz adequado ao do projeto e que preserve a segurança jurídica. Entender como conduzir as pesquisas e entrevistas com os usuários do projeto e saber como extrair conceitos interessantes dessas etapas é muito mais relevante e não passa por compreender com profundidade como o designer gráfico vai escolher fontes, cores e formas para o projeto.

Assim como na publicidade existe um criativo e um redator, a dupla pessoa advogada e profissional de design é quem vai conseguir entregar um bom resultado. Lógico que a depender da complexidade do projeto, outros perfis profissionais devem ser somados. Cada um com sua especialidade.

A colaboração nasce de saber papéis dentro do projeto

Advogadas e Advogados trazem seu conhecimento jurídico, enquanto os designers contribuem com sua expertise em comunicação visual e usabilidade. Juntos, eles podem criar documentos legais mais claros, acessíveis e eficazes. Porém, saber como se comunicar com esse perfil profissional é fundamental. Nesse ponto sim faz sentido você saber minimamente do universo do design da informação e do design gráfico; para se comunicar com quem vai executar essa etapa e para que você consiga passar a sua visão do que a mensagem precisa transmitir e o valor estratégico dela, enquanto especialista em linguagem jurídica.

Processo de Colaboração:

  • Planejamento Conjunto: Advogados e designers devem iniciar o projeto juntos, estabelecendo metas claras e definindo o público-alvo.
  • Troca de Conhecimento: Advogados podem educar os designers sobre questões legais específicas, enquanto os designers podem explicar conceitos de design e usabilidade.
  • Iteração Contínua: A colaboração não termina na fase de criação. Ambas as partes devem revisar e iterar continuamente os materiais para garantir que atendam às necessidades do público e permaneçam legalmente precisos.

Ou seja, você não precisa e não deve fazer o papel do designer e sim atuar de maneira conjunta. Todo processo de design (e também os de legal design) deve ser multidisciplinar e abrangente. E você já soube que vai ter um novo curso de Visual Law, né? Então, fique de olho pois vem coisa boa por aí!

Fica aqui uma sugestão de literatura para potencializar seus conhecimentos sobre o tema:

Livros:

  1. "Legal Design: A Collaborative Approach to Problem Solving in Law" - Margaret Hagan
  2. "Design for Legal Services: Beyond the Toolkit" - Margaret Hagan
  3. "Legal Design: Concepts, Methods, and Experiments" - Stefania Passera, J. Gallego-Perez
  4. "Visual Law: The Power of Infographics to Solve Legal Problems" - Kate O'Reilly
  5. "The Lawyer's Guide to Writing Well" - Tom Goldstein, Jethro K. Lieberman

Periódicos e Artigos:

  1. "Legal Design Thinking: the Ultimate Disruption in Law" - Daniel Martin Katz, Roger I. Abrams (Harvard Law Review)
  2. "Legal Design Thinking: The New Legal Paradigm" - Ann S. McClenahan (University of Missouri-Kansas City Law Review)
  3. "Beyond the Basics: Legal Design, User Experience, and Information Design in Legal Documents" - Stefania Passera, Cecilia Magnusson Sjöberg (Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity)

Sites e Blogs:

  1. Legal Design Lab (https://www.legaltechdesign.com/)
  2. Stanford Legal Design Lab (https://law.stanford.edu/legal-design-lab/)
  3. The Center for Legal Design (https://legal.design/)
  4. Legal Design Initiative (https://legaldesigninitiative.com/)

Visual Law Project (https://visuallawproject.com/)

Autores

Fellipe Branco
CEO da Quark – Legal Design by Future Law